A produtividade e o desempenho dos colaboradores cumprem um papel crucial no sucesso de qualquer empresa. No entanto, existe um obstáculo sutil que interfere nesses elementos, e muitas vezes passa despercebido: o presenteísmo.
Ao contrário do absenteísmo, que é notado pela ausência dos profissionais, o presenteísmo tem uma lógica mais discreta. Os colaboradores estão lá, e até realizam algumas tarefas, mas falta a energia, a dedicação, o foco.
Na esteira das mudanças que a pandemia levou aos ambientes de trabalho, temos visto o fenômeno do quiet quitting, ou desistência silenciosa. Ele acontece quando um profissional faz o mínimo necessário para manter sua posição, mas não busca contribuir com os colegas, resolver problemas ativamente ou trazer novas ideias para a empresa.
Apesar de reafirmar em seu nome o quanto é difícil perceber o presenteísmo, o quiet quitting é apenas uma representação do presenteísmo – que é um fenômeno muito mais antigo e complexo.
Confira os fatores que contribuem para ele acontecer, como identificá-lo na sua organização, e quais estratégias concretas podem ajudar a superá-lo para construir uma cultura de trabalho que inspire envolvimento, produtividade e bem-estar.
O que é presenteísmo?
O presenteísmo se manifesta quando os colaboradores estão fisicamente presentes, mas não conseguem se concentrar, se engajar ou entregar resultados com qualidade. Eles podem estar lutando com distrações, falta de motivação ou até mesmo questões de saúde mental não tratadas.
Muitas vezes, o presenteísmo é negligenciado pelos gestores que se concentram mais no absenteísmo – ausências não planejadas – como o principal desafio. No entanto, o impacto negativo do presenteísmo na produtividade, moral da equipe e saúde dos colaboradores é significativo.
Apesar de não haver uma avaliação global do conceito, pesquisas locais em empresas e indústrias mostram que até 30% dos colaboradores podem adotar esse comportamento num determinado ano.
É fácil imaginar o quanto os resultados de qualquer empresa podem ser afetados por um valor como esse, e para qualquer gestor ou empresário que almeja um ambiente de trabalho produtivo e saudável, entender a natureza e as causas do presenteísmo é crucial.
Ele pode se manifestar de duas maneiras:
Uma é pontual, de curto prazo. Ela costuma ser mais influenciada por fatores como dor momentânea, adoecimento físico e desafios emocionais (estresse, frustrações e afins). No entanto, as pesquisas indicam que mesmo entre os profissionais saudáveis o presenteísmo de curta duração pode ser alto, chegando a 40%.
A outra é mais longa, tornando-se o padrão de trabalho para algumas pessoas. Nesses casos, elementos como a integração ao ambiente de trabalho cumprem um papel mais relevante.
Em um estudo com 2.093 trabalhadores, apenas 12,9% dos profissionais que se sentem bem adaptados adotaram essa prática, contra 43,8% dos profissionais que não se integraram. Essa pesquisa também identificou que ele é mais comum em colaboradores com má qualidade do sono, estressados, com relacionamentos ruins e sentimentos negativos em relação à vida.
Como posso calcular?
Existem algumas abordagens que os gestores podem adotar para ter uma ideia mais clara desse fenômeno em suas equipes:
Avaliação de Produtividade
Comparar a produtividade de um colaborador ao longo do tempo pode ser um indicador de presenteísmo. Se você perceber uma redução sem razões aparentes, isso pode ser um sinal de que o profissional não está totalmente engajado.
Tempo de Trabalho
Embora o tempo não seja necessariamente igual à produtividade, um aumento nas pausas, saídas ou atrasos pode indicar falta de foco.
Feedback e Comunicação
Fornecer um espaço para os colaboradores expressarem suas preocupações pode revelar possíveis causas de presenteísmo; além de contribuir para que eles se sintam mais valorizados pela empresa, sendo o primeiro passo para elaborar uma solução.
Como o presenteísmo interfere na empresa?
Quando os colaboradores estão presentes fisicamente no trabalho, mas não estão totalmente engajados e produtivos, isso pode afetar significativamente o desempenho geral da organização. A falta de motivação e foco resulta em tarefas concluídas de forma inadequada, erros frequentes, projetos atrasados e até mesmo uma atmosfera de desânimo que se espalha pela equipe.
Colaboradores desmotivados ainda podem ter uma comunicação menos eficaz, o que prejudica a colaboração entre equipes e a criatividade. A falta de engajamento também pode levar a conflitos e tensões, aumentando de forma geral o estresse e a insatisfação dos profissionais.
A queda na produtividade e na qualidade do trabalho também pode levar a perdas financeiras para a empresa. Além disso, colaboradores desengajados têm maior probabilidade de buscar novas oportunidades, resultando em alta rotatividade, o que por sua vez gera custos de recrutamento, treinamento e adaptação de novos funcionários.
O que você pode fazer para reduzi-lo?
Reduzir o presenteísmo exige uma abordagem abrangente e sensível por parte dos gestores e empreendedores. Primeiro e acima de tudo, é crucial promover uma cultura organizacional que valorize o bem-estar dos profissionais.
Isso começa com a criação de um ambiente de trabalho que incentive a comunicação aberta e o suporte mútuo. Os líderes devem estar atentos às necessidades dos colaboradores e demonstrar empatia em relação a questões pessoais ou profissionais que possam estar afetando o seu engajamento.
Além disso, oferecer oportunidades de desenvolvimento e crescimento é uma maneira eficaz de combater o presenteísmo. Quando os colaboradores percebem que têm a chance de crescer em suas vidas e carreiras, ficam mais propensos a se engajar no trabalho. Considere programas de treinamento, mentorias, workshops e a definição de metas individuais alinhadas com os objetivos da empresa.
Outro aspecto importante é garantir um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal. Os líderes podem ser modelos nesse sentido, promovendo o uso adequado de licenças, férias e horários flexíveis. Estabelecer limites claros entre trabalho e vida pessoal ajuda a evitar o esgotamento e o desgaste que frequentemente estão por trás do presenteísmo.
A Unit pode te ajudar
A Unit compreende a importância de oferecer programas abrangentes para promover a qualidade de vida dos profissionais e elevar seu engajamento no trabalho.
Com uma abordagem focada no bem-estar financeiro, oferecemos soluções para capacitar os colaboradores a lidar de forma eficaz com o dinheiro, reduzindo suas preocupações e, consequentemente, cortando o presenteísmo.
A linha de Crédito Saudável para quem deseja quitar suas dívidas ou realizar objetivos com taxas reduzidas complementa essa abordagem, para que os profissionais possam se concentrar mais no trabalho e menos nas preocupações financeiras.
Tudo isso permite que eles não apenas melhorem sua compreensão sobre finanças pessoais, mas também apliquem esse conhecimento em suas vidas diárias. Dessa forma, a Unit contribui para criar um ambiente no qual os profissionais se sintam apoiados e tenham foco em suas tarefas, reduzindo a ocorrência e os impactos do presenteísmo na sua empresa.
Saiba como você pode levar saúde financeira para os seus colaboradores.
