A inflação é um fenômeno econômico que impacta diretamente nossas vidas, afetando o poder de compra do dinheiro e a qualidade de vida de todos os brasileiros. Para as pessoas com renda baixa, a inflação pode ser ainda mais desafiadora, pois torna difícil manter o padrão de vida e preservar o valor do dinheiro ao longo do tempo.
Confira o que afeta esse conceito e como funciona, além de entender as suas implicações na economia e no dia a dia das pessoas.
O que é inflação?
A inflação é um conceito econômico essencial que se refere ao aumento geral e contínuo dos preços de bens e serviços em uma economia ao longo do tempo. Quando a inflação ocorre, cada unidade de moeda (como o real, o dólar, o euro, etc.) perde parte do seu poder de compra, o que significa que, com o mesmo montante de dinheiro, é possível obter menos bens e serviços.
A inflação é medida através de índices de preços, que acompanham a variação dos preços de uma cesta de produtos e serviços representativa do consumo médio das famílias.
Existem diversas causas para a ocorrência da inflação. Alguns fatores comuns são:
Demanda aquecida: Quando a demanda por bens e serviços é maior do que a oferta disponível, os preços tendem a subir. Isso ocorre especialmente em períodos de crescimento econômico.
Aumento dos custos de produção: Se os custos de matérias-primas, mão de obra e outros insumos utilizados na produção de bens e serviços aumentam, os produtores podem repassar esses custos para os preços finais.
Política monetária: A forma como o governo gerencia a oferta de moeda e a política de juros também pode influenciar a inflação. Se houver uma quantidade excessiva de moeda em circulação ou se as taxas de juros forem muito baixas, pode haver pressão inflacionária.
Choques externos: Eventos inesperados, como variações bruscas nos preços de commodities no mercado internacional, podem afetar a inflação de um país.
Crises: Momentos de incerteza e mudança levam ao aumento da inflação, como foi o caso da pandemia, que contribuiu para um aumento de 10,06% em 2021, contra uma média de 3 a 5% nos anos anteriores.
Como a inflação brasileira funciona?
A inflação brasileira é medida principalmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é calculado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA é considerado o indicador oficial da inflação no país e é utilizado pelo Banco Central do Brasil como referência para a condução da política monetária.
O IPCA mede a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras, abrangendo diversas categorias, como alimentação, habitação, transporte, saúde, educação, entre outras. Essa cesta é composta por mais de 400 itens, e a coleta de preços é realizada em estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços de várias regiões do país.
A fórmula de cálculo da inflação brasileira considera o peso de cada item da cesta de consumo no orçamento familiar médio, ou seja, produtos e serviços mais frequentemente adquiridos têm maior impacto na composição do índice. A partir daí, é possível acompanhar a variação percentual dos preços desses itens ao longo do tempo.
O objetivo do IPCA é refletir a variação de preços percebida pelas famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas áreas urbanas. Ele é expresso em percentual e representa a inflação acumulada em determinado período, geralmente em base mensal, trimestral, anual ou acumulada em 12 meses.
A taxa de inflação pode variar ao longo do tempo, e o Banco Central estabelece uma meta anual a ser perseguida. Essa meta é definida pelo Conselho Monetário Nacional e visa manter a inflação brasileira sob controle para garantir a estabilidade da moeda e a preservação do poder de compra da população.
Quando a inflação brasileira está acima da meta, o Banco Central pode adotar medidas de política monetária, como aumentar as taxas de juros, para conter o crescimento dos preços. Por outro lado, quando a inflação está abaixo da meta ou em desaceleração, o Banco Central pode reduzir as taxas de juros para estimular a atividade econômica.
Quais os seus impactos?
A inflação pode ter várias consequências para pessoas, empresas e a economia em geral. Algumas das principais mudanças práticas causadas pela inflação incluem:
Redução do poder de compra
A inflação faz com que o dinheiro perca seu poder de compra ao longo do tempo. Isso significa que a mesma quantia de dinheiro consegue comprar menos bens e serviços. Como resultado, o padrão de vida das pessoas pode diminuir e as empresas podem ter menos lucratividade.
Aumento do custo de vida
À medida que os preços sobem, o custo de vida também aumenta. Isso faz com que as pessoas precisem destinar mais do seu salário para cobrir despesas básicas, como moradia, alimentação e saúde, sobrando menos dinheiro para economizar ou gastar com despesas adicionais.
Impacto em aposentados e pensionistas
A inflação pode ser especialmente desafiadora para pessoas que dependem de uma renda fixa, como aposentados ou pensionistas. Isso acontece porque sua receita nem sempre acompanha naturalmente o aumento dos preços, e os reajustes só costumam acontecer uma vez por ano.
Além disso, esse grupo não tem o mesmo acesso a renda adicional – com bicos ou horas extras no trabalho – que a população economicamente ativa.
Taxas de juros
O Banco Central frequentemente responde a uma inflação alta aumentando as taxas de juros. Isso pode afetar os custos de empréstimos para empresas e indivíduos, o que desacelera o crescimento econômico e os investimentos. Quem precisa recorrer às dívidas para manter as contas em dia é mais impactado, já que o valor final a ser pago nos empréstimos e cartões de crédito aumenta.
Incerteza para investidores
A inflação traz incerteza para os mercados financeiros, já que os investidores podem ficar inseguros sobre os futuros níveis de preços e o valor real de seus investimentos. Isso pode levar a uma maior volatilidade nos mercados.
Espiral de salários e preços
A inflação costuma levar a pressões por aumentos salariais, já que os trabalhadores buscam uma renda que possa acompanhar o aumento dos preços. No entanto, isso vai causar um aumento de custos para as empresas, que podem elevar ainda mais o preço de seus produtos, criando uma situação onde o aumento dos números deixa de causar mudanças reais no poder de compras.
Quero aprender mais sobre, e agora?
A Unit tem como pilar a Educação Financeira, por meio da Consultoria Financeira, cursos e da nossa Jornada de Aprendizagem, onde o colaborador conveniado responde nossa Pesquisa de Saúde Financeira e recebe conteúdos exclusivos e personalizados para o momento financeiro dele.
Acesse o app e responda à nossa pesquisa agora!