Você já ouviu falar em Quiet Quitting? O termo é basicamente o oposto do “work hard”. Ou seja, ao invés de “trabalhar duro”, os profissionais escolhem se “demitir silenciosamente”.
Eu sei, pode parecer controverso, mas irei te explicar como surgiu e seus impactos.
A onda que viralizou recentemente nas redes sociais defende a ideia de fazer apenas o necessário no ambiente de trabalho, ao invés de “trabalhar enquanto eles dormem”.
O americano Zaid Kahn propagou o termo no TikTok após defender a ideia de que deve haver um equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal.
“Você segue desempenhando suas funções, mas sem a mentalidade de que o trabalho deva ser sua vida”
A ideia não está apenas na internet.
A Geração Z e parte dos Millennials seguem o princípio de fazer o mínimo necessário para manter um emprego, sem sacrificar seus projetos pessoais para atingir o cargo de melhor funcionário.
Há quem defenda. Há quem repudie.
Seria o Quiet Quitting uma forma de preservar a saúde mental dos trabalhadores? Ou apenas uma nova denominação para preguiça?
Bom, vamos por partes.
Um estudo da Randstad aponta que a Geração Z prefere estar desempregada do que infeliz. Enquanto um relatório feito pela Talkspace’s Employee Stress Check 2022 diz que cerca de 3 em 5 pessoas provavelmente permaneceriam em seus empregos, caso oferecessem serviços de saúde mental.
Lembrando que a saúde mental pode ser gravemente afetada pela saúde financeira. Que por sua vez, pode ser fortemente afetada pelo seu desempenho no trabalho.
Seguindo com os dados e confirmando que uma coisa está diretamente ligada à outra, uma pesquisa da Resume Builder mostra que 75% dos trabalhadores se sentiriam mais motivados com salários melhores.
E quem tem motivo para se engajar em suas funções, não se “demite silenciosamente”! Ou seja, funcionários que são justamente recompensados por seus trabalhos feitos, tendem a produzir mais.
Agora vamos olhar para o outro lado. Quantas consequências podem aparecer com o Quiet Quitting? Um negócio, um líder, uma equipe inteira pode ser afetada?
A modalidade certamente prejudica a empresa.
Trabalhadores adeptos à onda de trabalhar somente o necessário, o que foi pedido no anúncio da vaga – nada mais, nada menos – afeta na produtividade de um negócio.
Com a produtividade diminuindo, reduz também o retorno financeiro…
E é aí que entramos em um ciclo vicioso: Mais quiet quitting = menos dinheiro = menor salário = mais quiet quitting… e assim por diante.
A quantidade de pessoas que aderirem à moda dentro de uma empresa pode ser prejudicial também ao resto da equipe. Afinal, quem irá querer trabalhar mais, vendo que o colega de trabalho faz muito menos e recebe o mesmo?
Quem também sai prejudicado é o próprio Quiet Quitter (como é chamada a galera que prefere não se esforçar). Afinal, sai mal visto da empresa em que fica “morcegando”. Entrando com o pé esquerdo no mercado de trabalho.
Porque, da mesma forma que esse tipo de funcionário busca fazer o básico, um RH busca uma pessoa proativa, que faça de tudo um pouco. Assim, na hora de procurar um emprego ou um novo integrante para o time, o cálculo não fecha.
Como fazer para contornar os Quiet Quitters?
O primeiro ponto a se garantir é que esse fenômeno dentro da sua empresa não seja culpa de um líder. Isso mesmo!
Um líder pode ser o culpado de inúmeras formas. Por não inspirar e incentivar sua equipe. Por não manter uma comunicação clara e constante. Por uma liderança rude e incompreensiva.
Esses casos fazem com que a equipe desanime de fazer um bom trabalho e entregar um bom resultado. Portanto, seja um bom líder. Mudar essas situações é importante para que a febre de quiet quitting vá embora do seu local de trabalho.
Alinhe expectativas com sua equipe. Saiba o que eles esperam de suas funções e recompensas, esclareça o que a empresa espera do funcionário e o que está disposta a oferecer…
É com diálogo que os panos serão postos sobre a mesa e, dessa forma, não restará nenhum mal-entendido entre os colaboradores e os líderes. Consequentemente evitando a prática de quiet quitting.
Por fim, é importante que se encontre um equilíbrio. Assim como viver para trabalhar pode ser prejudicial à saúde, não dar o seu melhor no trabalho também pode ser prejudicial. Para a reputação no mundo dos negócios, para o bolso e para a saúde financeira.
Quanto ao último ponto… A Unit ajuda a sua equipe a resolver!
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